Escritas em 1944, quando a autora, aos quinze anos, foi prisioneira em Auschwitz e Plaszow, as memórias de Ana Novac só seriam publicadas pela primeira vez em 1967. Compostas em forma de diário, como parte da rotina pela sobrevivência, essas anotações carregam, além de um relato incisivo dos seis meses em que foi prisioneira, o feito de ser o único documento autobiográfico produzido em campos de concentração preservado com o fim da guerra. Para registrar essas memórias no cativeiro, a menina vasculhava lixos e cantos à procura de papel, papelão ou qualquer material em que pudesse escrever. Além de falar dos outros prisioneiros, de sua rotina e dos alemães, parte de seu relato tem um caráter reflexivo que aparece ao tratar das doenças por falta de higiene, do sumiço repentino dos amigos, das agressões físicas e de todo tipo de tortura psicológica que os alemães usavam para humilhar os detentos. Ana Novac era apenas uma adolescente, mas o que se lê nessas páginas é um retrato maduro de um dos momentos históricos mais sombrios do século XX.
Autoria |
Novac, Ana (1914-2004) - aut Aguiar, Rosa Freire d' - trl |
---|---|
Assuntos |
Novac, Ana Biografia estrangeira Segunda Guerra Mundial Campos de concentração - Judeus |
Editora | Companhia das Letras |
Tipo | Livro |
Ano | 2010 |
Extensão | 223 p. |
ISBN | 9788535916720 |
Localização | 929 N935b 2010 |
Exemplares | 1 exemplar(es) |
MARC | Visualizar campos MARC |