A arte de desaparecer, as sociedades secretas e o diário íntimo são alguns dos elementos privilegiados pelo espanhol Enrique Vila-Matas neste livro. A obsessão pela literatura e pelo literário, o desejo de ser a "memória da literatura" encarnada, ou seja, o "mal de Montano", vai deixando, página a página, de ser uma enfermidade cuja cura é necessário encontrar para tornar-se um antídoto eficaz contra a morte da literatura e uma arma contra os inimigos do literário. Para essa cruzada, irônica e autoirônica, o autor convoca seus autores-ícones, alguns dos quais já faziam parte do elenco notável de Bartleby e companhia, como Robert Walser, Robert Musil, Franz Kafka e Fernando Pessoa. Se, naquele romance, o que justificava a presença desses autores era o fato de, em algum momento, eles terem preferido não mais escrever, o que os reúne em "O Mal de Montano" é a prática do diário íntimo, germe da autoficção. Por meio de implacável ironia, a obra comemora e celebra a riqueza e a força da literatura.
Autoria |
Vila-Matas, Enrique - aut Paciornik, Celso Mauro - trl |
---|---|
Assuntos |
Literatura espanhola Ficção Romance |
Editora | Cosac Naify |
Tipo | Livro |
Ano | c2005 |
Extensão | 324 p. |
ISBN | 9788575034453n |
Localização | 821.134.2 V695.13m 2005 |
Exemplares | 1 exemplar(es) |
MARC | Visualizar campos MARC |