Numa tarde de domingo, um trem do metrô de Nova York deslizava placidamente, e os poucos passageiros aproveitavam a tranquilidade para ler ou cochilar. De repente, o sossego foi quebrado pela entrada de um homem e seus quatro filhos pequenos. O pai sentou-se ao lado de uma senhora e fechou os olhos enquanto as crianças infernizavam a vida das pessoas, gritando, pulando e arrancando os jornais e livros das mãos dos perplexos passageiros. Quando a situação ficou insuportável, a senhora, indignada, sacudiu o pai e lhe disse: "O senhor tem noção do quanto seus filhos estão perturbando a vida dessas pessoas? O senhor não acha que é hora de tomar alguma providência?". E ele, como que despertado de um estado de choque, disse: "Sim, a senhora tem razão e eu peço desculpas, mas acontece que nós saímos do hospital onde a mãe deles morreu há uma hora, e acho que nem eles nem eu estamos sabendo como lidar com isso". Com uma escrita primorosa que reflete os anseios daqueles que o procuram para compartilhar seus medos, Camargo recupera aquilo que jamais deveria ter sido deixado de lado, o fator humano. Além de uma doença, cada paciente tem uma história, e o doutor está sempre pronto para ouvir. São esses relatos, que tocam o fundo da alma, que lemos aqui, em passagens que nos fazem rir e chorar. Como os grandes cronistas, J. J. Camargo divide com o leitor os dramas da vida cotidiana, fazendo de "A tristeza pode esperar" uma leitura obrigatória para todos aqueles que se perguntam cotidianamente qual o sentido da vida e como podemos viver melhor.
Autoria |
Camargo, José de Jesus Peixoto - aut |
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Assuntos |
Literatura gaúcha / Literatura sul-rio-grandense Crônicas Medicina |
Editora | L&PM |
Tipo | Livro |
Ano | 2015 |
Extensão | 215 p. |
ISBN | 9788525430441 |
Premiações | Vencedor do Prêmio Açorianos de Literatura de 2014 e do Prêmio Livro do Ano AGE 2014 (categoria de crônicas). |
Localização | 821.134.3(816.5) C172t 2015 |
Exemplares | 1 exemplar(es) |
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